A agricultura familiar é um tipo de agricultura na qual a propriedade e a gestão das terras são realizadas principalmente por famílias, geralmente com o objetivo de garantir a subsistência, bem como gerar excedentes para venda no mercado local ou regional. Esse modelo agrícola é caracterizado pelo uso intensivo de mão-de-obra familiar e pela diversificação de cultivos e atividades, muitas vezes incluindo a criação de animais, horticultura, fruticultura e produção de alimentos básicos.
Na agricultura familiar, as decisões sobre o que plantar, quando plantar, como cultivar e como gerenciar os recursos são tomadas pelos membros da família que trabalham na propriedade. Esses agricultores geralmente têm laços profundos com a terra e aplicam práticas de manejo que promovem a sustentabilidade e a preservação dos recursos naturais.
A agricultura familiar desempenha um papel crucial na segurança alimentar global, pois muitas vezes fornece a maior parte dos alimentos consumidos em áreas rurais e periurbanas. Além disso, é uma fonte importante de emprego e contribui para o desenvolvimento econômico e social das comunidades rurais em todo o mundo.
A agricultura familiar é um modelo agrícola que existe há milênios, remontando aos primórdios da agricultura em si. Desde os primeiros assentamentos agrícolas durante o período Neolítico, as famílias desempenharam um papel central na produção de alimentos para subsistência e para o comércio local. A transição da caça e coleta para a agricultura sedentária foi liderada por famílias e comunidades que aprenderam a cultivar plantas e criar animais para suprir suas necessidades básicas.
No entanto, o conceito de agricultura familiar como uma categoria distinta e reconhecida se desenvolveu mais nos tempos modernos, com a evolução das políticas agrícolas e dos debates sobre desenvolvimento rural e sustentabilidade. A definição e o reconhecimento formal da agricultura familiar variam de acordo com o contexto histórico, cultural e político de cada país e região.